Durante o recente Fórum Regional de Geração Distribuída (Fórum GD) na Região Sul, o especialista Carlos Andriolli, da WEG Solar, trouxe à tona importantes insights sobre o panorama atual do agronegócio no Brasil. Andriolli compartilhou sua experiência e conhecimento, destacando tanto as oportunidades quanto os desafios enfrentados pelos profissionais que atuam nesse setor vital da economia brasileira. Também contribuiu com sua experiência quando o assunto é adesão de energia renovável no campo e o quanto ela ainda pode contribuir.Andriolli começou sua palestra ressaltando a magnitude do agronegócio no Brasil. De acordo com dados do IBGE, cerca de 24,8% do PIB brasileiro é oriundo desse setor, enquanto mais de 30% dos empregos no país estão relacionados a atividades agrícolas. Além disso, mais de 50% das exportações brasileiras são provenientes do agronegócio, com destaques como a produção de soja, açúcar, café e suco de laranja.Contrariando a ideia de que o agronegócio é um setor atrasado, Andriolli enfatizou a crescente adoção de tecnologias avançadas, dando destaque à Indústria Agro 4.0 e até mesmo à Indústria 5.0. Ele ressaltou que empresas como a WEG estão desenvolvendo soluções inovadoras para atender às demandas específicas desse mercado."O Brasil tem a grande vocação para a produção mundial. Já foi a ideia que o agronegócio é terceiro mundo, não tem muita tecnologia envolvida. Poderia muito bem-estar falando aqui do Agro 4.0. Hoje já estamos falando da indústria 5.0, do agronegócio" comenta o especialista.A energia solar no CampoUm dos pontos de destaque da palestra foi o potencial da energia solar no agronegócio. Andriolli apresentou casos de sucesso e destacou a crescente demanda por soluções de energia renovável, especialmente em áreas como bombeamento para irrigação e refrigeração de aviários.Apesar do crescimento e da inovação, Andriolli apontou diversos desafios que ainda persistem no agronegócio brasileiro. Ele destacou a dificuldade em adaptar a linguagem técnica ao perfil dos clientes do setor, ressaltando a importância de um atendimento personalizado e alinhado às necessidades dos produtores rurais.Ele comentou ainda que embora os números de energia solar tenham crescido positivamente nas vendas, o número ainda é pequeno se comparado a demanda que o setor possui. Isso porque dentre os principais desafios citados pelo especialista está a carga tributária, a infraestrutura logística e também o fornecimento de energia. Assim, a energia solar entra como uma boa oportunidade para sanar esse tipo de problema. " E quando eu falo por falta de energia, não é igual como quando aconteceu em São Paulo, uma semana. Eu tô falando de 15 minutos, meia hora, uma hora. Isso é problema. Vocês enxergam que um aviário não pode ficar meia hora sem energia, por exemplo? E aí o que eles têm? Gerador a diesel. Quando o cliente tem gerador a diesel, ele é o meu cliente. Porque aí eu vou entrar com energia solar. para diminuir o consumo do diesel, não é nem para eliminar. Se eu quiser eliminar eu boto baterias" ressalta Andriolli.Perspectivas FuturasAo concluir sua apresentação, Andriolli ressaltou que o agronegócio brasileiro continua sendo uma fonte de oportunidades, especialmente para empresas que conseguem compreender as demandas específicas desse mercado e oferecer soluções inovadoras e personalizadas. Os empresários de energia solar, por sua vez, contam com boas perspectivas. "Por que investir no Agronegócio? Os números, os cenários: no Brasil 22% da nossa área é irrigável e dessas 22% apenas 16% está irrigada. Irrigada, bombeamento, bombeamento energia, energia sistema solar, solução." finaliza o especialista. A palestra completa de Andriolli está disponível no canal oficial do Grupo FRG Mídias & Eventos, no YouTube pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=Yq9gorWUNI4&t=793s