Má instalação e animais estão entre os principais obstáculos das usinas fotovoltaicas

Má instalação e animais estão entre os principais obstáculos das usinas fotovoltaicas

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7% das instalações acabam sendo afetadas na Alemanha devido a roedores, assim como usinas brasileiras afetadas por improvisos na instalação.

A produção de energia solar fotovoltaica tem ganhado cada vez mais notoriedade no Brasil e no mundo. Na matriz elétrica brasileira a fonte aparece em segundo local ficando atrás apenas das hidrelétricas. Contudo com esse crescimento expressivo a incidência de problemas envolvendo as instalações elétricas das usinas fotovoltaicas também já está aparecendo.

Em 2022, Carlos Felipe Café, CEO da consultoria AEVO Solar, destacou durante o Congresso Brasileiro de Geração Distribuída que o corpo de bombeiros brasileiro já está fazendo novas exigências legais em todas as usinas fotovoltaicas, principalmente as residenciais e comerciais de telhado devido à incidência maior de incêndios.

Café reforça que o principal problema encontrado hoje diz respeito a má instalação brasileira, assim como a falta de manutenção das usinas de forma adequada, onde um problema que pode ser controlado acaba se tornando maior devido à falta de acompanhamento.

“O maior problema do mundo de usinas fotovoltaicas está relacionado a crimpagem dos terminais. Incêndios, falhas mecânicas, eletrocussões de seres humanos estão todas relacionados a uma crimpagem dos terminais de conexão” afirma Café.

Outro problema visto nas más instalações diz respeito aos produtos de má qualidade escolhidos, onde durante a passagem dos fios muitos acabam não suportando e decapando sem essa intenção, o que proporciona a presença de um arco em paralelo.

“Um arco em paralelo é um negócio tenebroso, pois você não termina com ele. É um incêndio de proporções catastróficas quando você abre um arco paralelo ", ressalta Café.

O especialista afirma que é extremamente necessário se atentar a norma de instalação, uma vez que ela é o mínimo para que a usina se torne adequada. “ A norma é o nível mínimo para a gente conseguir dar valor do que a gente está construindo e investindo para os investidores", explica ele.

Café ainda completa que as exigências do corpo de bombeiros estão aumentando justamente pela falta de carinho da hora de seguir as regras e instalar adequadamente.

“Os incêndios estão acontecendo de forma mais constante e o corpo de bombeiros tem se movimentado para fazer novas exigências legais em todas as usinas fotovoltaicas, mas principalmente as fotovoltaicas residenciais e as comerciais de telhado, porque a usina de solo já tem o AVBCD. Fiquem atentos ao número de incêndios, a maioria está relacionada a má qualidade da instalação. Não é uma falha do inversor, não é uma falha do módulo e sim no carrinho para montar a usina” reforça Café.

Presença de animais está entre os obstáculos das usinas fotovoltaicas

Além da má instalação, Café reforça que problemas envolvendo animais também é muito comum nas usinas fotovoltaicas. Neste caso a manutenção é essencial para garantir a qualidade, uma vez que a falta de cuidado e acompanhamento proporciona o aparecimento de invasores como pererecas, roedores e até mesmo abelhas.

Na Alemanha, 7% dos problemas das usinas fotovoltaicas estão relacionados a roedores. Neste caso, conhecer as características do animal se faz necessário para identificar o problema com mais rapidez.

“7% é um número grande vocês não concordam? De problemas de usinas por causa de roedor. Por isso vocês têm que conhecer coco de rato. Vocês vão dar manutenção daqui a pouco em várias usinas e pelas fezes do animal que estiverem no telhado ou na usina vocês vão saber quem está atacando a planta e vocês irão saber como corrigir o problema” finaliza Café.

A palestra completa do especialista está disponível no canal do YouTube do Grupo FRG Mídias & Eventos.

Fonte: Portal Brasil Solar

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