Energia Solar Fotovoltaica deixou de ser uma tecnologia do futuro para uma realidade presente, afirma especialista

Energia Solar Fotovoltaica deixou de ser uma tecnologia do futuro para uma realidade presente, afirma especialista

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A importância da confiabilidade e segurança das instalações fotovoltaicas no Brasil durante o Fórum GD - Região Centro Oeste foi debatida esta semana

A produção de energia solar tem alcançado bons números no Brasil. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) revelam que a fonte é hoje a terceira com maior potencial da matriz elétrica brasileira com 16 GW de energia limpa. A maior parte dessa produção vem da micro e mini geração de energia, mostrando a força do setor GD para o país.

Contudo, assim como o crescimento expressivo, a preocupação com a confiabilidade dos equipamentos comercializados, assim como segurança nas instalações fotovoltaicas também se tornou importante.

Durante o segundo dia do Fórum GD - Região Centro Oeste, que aconteceu esta semana, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o especialista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Leandro Michels, afirma que fonte solar fotovoltaica deixou de ser uma tecnologia do futuro e passou a ser uma realidade presente, o que fez com que muitos setores como os de regulação passassem a gerar regras e interseções para tornar o setor mais viável.

“Nós passamos de ser uma tecnologia de futuro para ser uma realidade presente. Quando nós eramos uma tecnologia de futuro nós eramos vistos como um grão de areia e hoje nós somos vistos como uma montanha de areia. Então os diversos atores do mercado que antigamente tinham um mínimo impacto, era uma coisa mosca-branca fotovoltaica viram que nós somos hoje um enxame de moscas-brancas. Então a maneira que esses setores tem visto o fotovoltaico é com um nível de cuidado e apreensão e a primeira ação que se tem é criar regras ou buscar mais informações sobre isso” explica Michels.

O especialista também comenta que o mercado vem sentindo interseções de diversos agentes. Entre eles o pessoal de comunicações, eletromagnética, distribuidores a fim de trazer viabilidade para o setor de forma sustentável. Segundo ele no início ninguém estava preocupado com os impactos da GD, contudo agora se tornou necessário falar sobre o assunto para tornar o mercado seguro e progressivo.

“No começo ninguém estava preocupado com 50 MW numa distribuidora, hoje é um volume muito grande e houve um impacto da reação. Esse é o que vocês viram mais, mas isso está acontecendo em outras frentes como nas pessoas das telecomunicações com compatibilidade magnética, os bombeiros estão vendo que tem muita casa e que tem risco de incêndio e começando a se alertar de como é que se vai combater. Eu digo daqui a uns dias vai vir o ministério do trabalho com norma regulamentadora para o serviço de instalações fotovoltaicas é um ônus do sucesso” afirma Michels.

Outro ponto comentado pelo especialista é que muitas normas e regras são importantes e válidas para trazer segurança a GD. Para ele ainda é comum algumas empresas tentarem driblar as novas regras, contudo ele explica que o ideal é enfrentar os novos desafios de modo a fortalecer o setor e trazer segurança ao consumidor final.

“Algum tempo tentou refuta algumas das questões, mas algumas das questões são muito válidas, são muito oportunas e são verdadeiras. Então não adianta a gente querer tapar o sol com a peneira ou varrer a sujeira para baixo do tapete. Nós temos como setor que enfrentar esses desafios, buscar soluções para eles para que nós não ficamos com um telhado de vidro. Como fazemos isso? Melhorando nossos equipamentos, aumentando os itens de segurança, melhorando nossos processos de instalação, garantindo que quem não tem a capacidade técnica que não instale produtos e equipamentos, fazendo com que as pessoas, tipo nós qualificando o setor e você se conscientize que você, seus funcionários, precisam estar melhor qualificados para entender os problemas e tomas as medidas obrigatórias para que os problemas não gerem um problema maior no futuro” finaliza Michels.


Fonte: Portal Brasil Solar

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