Mercado GD: Projeção é que até 2025 células de 210 mm sejam maioria

Mercado GD: Projeção é que até 2025 células de 210 mm sejam maioria

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63% do mercado deve ser dominado por painéis maiores nos próximos anos segundo especialista.

As projeções para o mercado GD no mundo são bastante positivas para os próximos anos. Durante o Fórum Regional de Geração Distribuída (Fórum GD), da região nordeste, Gustavo das Chagas, especialista da Nexen, reforçou que a estimativa do setor até 2025 é que painéis cada vez maiores façam parte dos equipamentos utilizados pelo setor.

Um gráfico apresentado por ele mostra que desde 2020, painéis de 210 mm estão em constante crescimento e a estimativa é que daqui há três anos os mesmos passem a compor 63% do mercado global.

“Até 2025 as células de 210 mm vão dominar cerca de 63% do mercado, ou seja, aqueles módulos um pouco maiores que hoje já é quase que padrão vão se consolidar ainda mais no mercado. Então a gente vai ter módulos cada vez mais potentes, com uma eficiência maior e aí o tamanho da célula tende a crescer um pouquinho ``, explica Chagas.

Soluções importantes para o mercado GD também foram evidenciadas pelo especialista

O especialista também comenta que já existem estudos atuais projetando revestimentos anti-sujidade do módulo solar, o que permite aumentar o rendimento da energia em até 7%, assim como proporciona um tempo de retorno de 2,5% a quatro anos dependendo do nível de poeira do equipamento.

Sistema a laser que reduz a população de aves sobre os sistemas de geração distribuída também estão entre as inovações. Apesar de futurista, Chagas reforça que o equipamento pode fazer todo sentido nos próximos anos, principalmente em áreas onde contam com grandes populações de pássaros sobre matrizes fotovoltaicas.

“É um laser autônomo para fazer o controle das aves que ficam sobre a usina. Talvez aqui no Brasil isso não seja um problema, mas se a gente falar de países nórticos, principalmente, isso tem se mostrado um grande problema. A gente tem uma startup lá, investindo em um laser que inibe os pássaros que ficam na região da usina, não causa danos aos módulos e nem na geração ``, explica o especialista.

Outro ponto abordado por Chagas diz respeito à inteligência artificial usada para identificar possíveis defeitos nos painéis solares. O especialista afirma que a mesma já é bastante aplicada no Brasil para encontrar possíveis defeitos em usinas de grande escala. O uso de drones com inteligência artificial, assim como câmeras termográficas e alta definição estão entre os aparelhos utilizados.

Armazenamento residencial e comercial de energia estão entre os pontos-chave do futuro

Chagas ressalta a importância de se falar também sobre as ações que devem ser implantadas atrás do medidor. Dentre elas, o especialista comenta as ações de eficiência energética como um todo, como o uso da bateria, gestão da modalidade tarifária que o cliente está optando, assim como todas as ações que são possíveis serem idealizadas para deixar a planta mais eficiente.

O especialista reforça a importância de se falar sobre baterias, visto que o armazenamento residencial e comercial estão se tornando pontos-chave para o desenvolvimento sustentável no setor nos próximos anos.

“A gente vem observando que a medida que o custo vem descendo, a gente tem uma bateria muito mais eficiente. Ou seja, aqueles projetos que a gente fazia a conta e ele ficava muito caro. Ou seja, não tinha um retorno adequado de investimento, hoje em dia ele já se torna viável porque eu consigo ter uma planta muito mais eficiente com um investimento muito mais baixo. Então o retorno do investimento está cada vez aumentando com a aplicação do uso das baterias” finaliza Chagas.

Fonte: Portal Brasil Solar

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