A empresa Embraer, fabricante de aeronaves no Brasil, divulgou esta semana que suas unidades no país devem ser abastecidas apenas com energia limpa a partir de 2024. Isso porque a mesma fechou um contrato que assegura o abastecimento de energia eólica e solar para a empresa na última semana. A nova medida vem de encontro com os compromissos da empresa em se tornar mais renovável. Em nota, a Embraer explica que o novo investimento vai permitir antecipar seu compromisso público de usar apenas energia renovável, o qual era previsto até 2025. Além disso, as fontes renováveis também permitirão a emissão do certificado de energia renovável (CER). O que mostra que a empresa vai conseguir zerar as emissões de carbono para Escopo 2. Em 2021, a fabricante de aeronaves consumiu cerca de 170 MWh de energia e focar seus investimentos para fontes limpas será uma boa oportunidade para diminuir a conta de energia elétrica e ainda fortalecer o meio ambiente segundo Carlos Alberto Griner, porta-voz da Embraer. Em nota, o especialista destacou que a assinatura do contrato é um marco para a empresa, uma vez que os esforços da mesma em prol da baixa emissão de carbono está entre as estratégias desenvolvidas. “Esta ação representa um novo marco para a empresa e reforça o compromisso da Embraer com as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) na transição para um modelo de negócio de baixo carbono. ESG é um dos pilares do nosso plano estratégico e temos um programa amplo com diversas frentes e estamos buscando todas as oportunidades para acelerar a redução das nossas emissões de carbono”, finalizou.Brasil já gera mais de 21, 5 GW de energia eólica Os investimentos da Embraer em energia eólica só mostra o quanto a energia cresceu no último ano. De acordo com Associação Brasileira de Energia Eólica e Tecnologias Inteligentes (ABEEólica), o país hoje já consegue produzir 21,5 GW de energia através do vento. Outro ponto destacado pela instituição é que a mesma é a segunda fonte que mais gera eletricidade no país. Ou seja, corresponde a 12% da energia elétrica total e ficando abaixo apenas das hidrelétricas. O pontapé inicial da produção também veio dos leilões de energia de reserva segundo a ABEEólica. Isso porque em 2009 o primeiro leilão exclusivo para fonte eólica aconteceu, dando oportunidade para mais de 71 empreendimentos do setor, que juntos somavam 1,8 MW de energia através do vento.Já sobre os impactos econômicos e sociais, a fonte eólica também se mostra bastante positiva no país. A qual permitiu gerar renda e emprego em várias regiões onde foram instalados. Assim como permitiram o aumento do PIB de municípios com suas construções. Os dados estão presente em um estudo solicitado pela ABEEólica e desenvolvido por Braúlio Borges, pesquisador-associado do FGV-IBRE. Fonte: Portal Brasil Solar