Curitiba investe em Energia Renovável para combater mudanças climáticas

Curitiba investe em Energia Renovável para combater mudanças climáticas

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Conteúdo apresentado pelo representante João Carlos Fernandes, da SMMA, durante o Fórum GD destaca iniciativas da capital paranaense na implementação de fontes de energia renovável pela cidade

A palestra de João Carlos Fernandes, representante da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) em Curitiba, durante o 23º Fórum Regional de Geração Distribuída (Fórum GD) em abril, discutiu a experiência da cidade com a geração distribuída de energia, um tema relevante em meio às preocupações climáticas.

A recente incidência de chuvas intensas na cidade trouxe à tona a necessidade de fortalecer a resiliência das infraestruturas urbanas diante desses eventos climáticos extremos. Curitiba, há bastante tempo, tem se destacado por sua preocupação com as mudanças climáticas, sendo parte ativa do grupo C40, uma rede de grandes cidades comprometidas com a luta contra as mudanças climáticas, segundo Fernandes.

O prefeito Rafael Greca, segundo ele, frequentemente destaca que as cidades são grandes emissores de gases de efeito estufa, produção de resíduos e consumo de energia, e, portanto, têm um papel fundamental na descarbonização da economia. Assim, um dos principais focos da cidade tem sido a transição para fontes de energia renovável, como a solar.

Um exemplo vem da pirâmide solar de Curitiba, um projeto emblemático, com 8.560 painéis solares instalados em um antigo aterro sanitário, gerando energia desde março do ano de 2023.

Fernandes explica que a jornada de Curitiba rumo à geração distribuída começou em 2019, com a instalação de painéis solares no Palácio 9, sede da prefeitura, seguido pela implantação de usinas em outros locais, como o Jardim Botânico e terminais de ônibus. A cidade ganhou destaque internacional ao vencer um edital do C40 para expandir seu sistema fotovoltaico, incluindo a instalação em um aterro sanitário desativado e quatro terminais de ônibus.

"A energia gerada no Palácio é utilizada no próprio palácio. Então não é uma geração distribuída, mas um caso de autoconsumo. A energia gerada atende mais ou menos um terço do consumo do palácio. Varia ao longo do ano, mas ela atende um terço do palácio. Ainda não é o suficiente para abastecer o palácio todo" comenta o especialista.

Os resultados, para o especialista, são promissores, com uma geração significativa de energia e um tempo de retorno do investimento mais rápido do que o previsto inicialmente. A cidade está comprometida em continuar expandindo sua capacidade de geração renovável, com novos projetos em andamento.

Além disso, Curitiba está explorando diferentes modelos de negócios para viabilizar esses projetos, desde parcerias com empresas locais até o financiamento próprio. A cidade também está estudando formas de integrar a geração distribuída com diferentes setores, como educação, saúde e transporte.

"A prefeitura tem muitos fundos, e que são muito fortes e que administram muitos imóveis públicos. [...] Nós estamos desenvolvendo um modelo, em que nós vamos dar apoio para que esses fundos façam sistemas também de geração de energia e que possam ser compensados nos seus próprios, aqueles que serão veiculados a um fundo" comenta Fernandes.

Com essas iniciativas, o especialista finaliza que Curitiba está dando passos importantes na transição para uma economia de baixo carbono, contribuindo para mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantindo um futuro mais sustentável para seus habitantes.

A palestra completa do especialista pode ser acessada no canal oficial do Grupo FRG Mídias & Eventos, no YouTube, pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=Nk6D-6UaT54.

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