China impulsiona uso de Energia Solar Concentrada (CSP) para enfrentar crise energética e reduzir emissões de carbono

China impulsiona uso de Energia Solar Concentrada (CSP) para enfrentar crise energética e reduzir emissões de carbono

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Estudo representa um passo significativo na busca da China por uma transição energética sustentável

Com a crescente preocupação com a crise energética e a poluição ambiental, a China, líder global no mercado de energias renováveis, está intensificando seus esforços para atingir metas ambiciosas de redução de carbono. Comprometida em atingir o pico de carbono até 2030 e a neutralidade de carbono até 2060, o país está adotando medidas inovadoras para otimizar seu sistema energético.

Um estudo recente revelou que a crescente dependência de energia renovável variável apresenta desafios significativos para a operação flexível do sistema energético chinês. A demanda por regulação de pico, tanto ascendente quanto descendente, está aumentando, enquanto a lacuna entre picos e vales de demanda está se ampliando, exigindo soluções urgentes.

Para enfrentar esses desafios, a China vem promovendo vigorosamente o projeto "Aquecimento Limpo". Este projeto tem demonstrado resultados promissores, como o caso na província de Xinjiang, onde mais de 892.000 famílias foram beneficiadas em 2022, resultando na redução de 1.784.000 toneladas de carvão por ano e diminuindo as emissões de carbono em 4.638.000 toneladas.

Uma das soluções emergentes destacadas pelo estudo é a utilização de Unidades de Concentração de Energia Solar (CSP) equipadas com armazenamento de energia térmica (TES). Essa tecnologia oferece uma abordagem promissora, proporcionando geração renovável, flexibilidade operacional e fornecimento de energia térmica para o sistema energético. Em comparação com as unidades de carvão, o CSP é mais flexível no aumento e quase não produz emissões de carbono.

Além disso, o CSP possui vantagens significativas em relação aos dispositivos de armazenamento de energia de bateria (BES), como uma vida útil três vezes maior e capacidade de armazenamento muito maior, resultando em custos mais baixos. Ele também pode realizar regulação de pico horária e reserva de longo prazo de sistemas de energia.

O estudo destaca que a capacidade total instalada de CSP aumentou consideravelmente em todo o mundo nos últimos anos, chegando a 6.892 MW em 2022, com a China desempenhando um papel crucial nesse crescimento.

Para explorar o potencial máximo da tecnologia, os pesquisadores propõem ainda um modelo de planejamento de alta resolução do sistema energético integrando CSP e unidades combinadas de calor e eletricidade (CHP) dentro de 8760 horas, abrangendo todo o ano. Esta abordagem visa satisfazer simultaneamente a demanda de eletricidade e calor, otimizando o investimento e a operação do sistema.

As contribuições fundamentais deste estudo incluem o desenvolvimento de um modelo que considera a variação sazonal e horária na demanda de energia e geração de energia renovável, permitindo uma avaliação mais precisa do sistema de energia com alta penetração de renováveis. Além disso, o estudo explora as vantagens complementares do CSP em fornecer energia e calor junto com o CHP, contribuindo para reduzir custos, taxas de redução de energias renováveis e emissões de carbono.

Por fim, a pesquisa também representa um passo significativo na busca da China por uma transição energética sustentável, destacando a importância do CSP como uma solução viável para os desafios enfrentados pelo sistema energético do país. Com a implementação eficaz dessas tecnologias, a China está pavimentando o caminho para um futuro mais limpo e sustentável.

O conteúdo completo do estudo pode ser acessado pelo link: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2213138824000675?via%3Dihub

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