Importação de painéis solares cresceu 200% no primeiro trimestre de 2022

Importação de painéis solares cresceu 200% no primeiro trimestre de 2022

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Relatório desenvolvido pela Logcomex destaca crescimento expressivo em equipamento no Brasil.

O sancionamento do Marco Legal da GD em janeiro de 2022 fez com que uma corrida por painéis solares acontecesse no Brasil. Isso porque com a nova lei, o setor está tentando garantir um melhor resultado do investimento na geração própria de energia até 2045 segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Com a nova regulamentação, a instituição explica que a partir de 6 de janeiro de 2023 os sistemas implementados passarão a pagar um percentual da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUDS). As instalações feitas antes porém garantirão se manter no sistema de compensação atual até 2045, onde não há a cobrança.

Essa corrida, fez com que a importação de painéis batesse recordes neste primeiro semestre do ano. Quem confirma é um relatório desenvolvido pela Consultoria Logcomex, empresa especializada em big data e automação para o comércio exterior, a qual destaca que a importação foi de 200% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Ao todo, 1,4 bilhões de dólares do produto foram importados. Os números colocam o país em quarto lugar no ranking dos produtos mais importados no período. Assim como também representa um investimento de 931,8 milhões de dólares só nos primeiros três meses do ano.

Março registrou 10 GW de energia limpa através da GD

O crescimento no número de importações dos painéis solares só evidenciam o crescimento expressivo da GD. Em março o país chegou a 15 GW de energia solar, sendo 10 GW deles voltados para a Geração Distribuída segundo a ABGD.

De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da instituição, a expansão da geração da própria energia está mantendo um ritmo acelerado. O país passou de 9 GW para o patamar atual de 10G W em apenas 67 dias.

“O intervalo foi maior que o percorrido para alcançar o gigawatt anterior. Levando em conta que o primeiro trimestre sempre é impactado por feriados e funciona como um período de tomada de decisão para novos projetos, reafirmamos que 2022 será um ano de aceleração sem precedentes do crescimento da geração distribuída”, destaca Chrispim.

A expectativa ainda é que a produção seja mais favorecida nos próximos meses e que 2022 finalize com 15 GW de energia limpa através da GD.

“O setor está no ano da corrida ao sol. Com o novo marco legal para o setor, há uma aceleração para garantir um melhor resultado do investimento na geração própria de energia até 2045, o que será garantido para quem ingressar no sistema de compensação como tal, até 6 de janeiro de 2023. Isso porque os sistemas implementados após 6 de janeiro passarão a pagar um percentual da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUDS). De toda forma, mesmo após esse período, a geração própria de energia continuará sendo atrativa!” finaliza o especialista.

O país tem hoje mais de 1,7 milhão de conexões totais, sendo os sistemas residenciais ainda em maioria no Brasil.

Fonte: Portal Brasil Solar

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