No final de março, a aprovação da portaria 140/2022 pelo INMETRO regulamentou a inserção de inversores híbridos no Brasil. A novidade foi comemorada por muitos especialistas do setor, visto que a regulamentação traz garantia de segurança e qualidade técnica para o mercado. Em um debate sobre o assunto no último Fórum Regional de Geração Distribuída (Fórum GD), por sua vez, os especialistas já comentavam sobre a possibilidade de aprovação e quais mudanças o mercado deveria sofrer com a entrada da nova regulamentação. A entrada do uso de baterias para o armazenamento de energia foi bastante comentada, visto que também precisará de mão de obra especializada.Rogério Pereira, da PHB Solar, destacou que apesar das mudanças importantes para adaptação da nova tecnologia, os empresários do setor serão capazes de atender o mercado, mas mesmo assim precisarão se preparar . “Isso vai ser uma alteração bem complexa, mas todos os fabricantes irão conseguir atender em seu devido tempo. Contudo quanto aos híbridos os integradores deverão se preparar muito quanto a isso, principalmente quando você entra com a bateria você vai ter várias variáveis” comenta ele. Para Daniel Mello, da Sungrow, por sua vez, a nova portaria tratará novas aplicações. Entre elas estarão a tecnologia de backup, assim como cargas prioritárias, refrigeração do sistema e preocupação com sistemas que não podem perder a alimentação. Já sobre questões de conhecimento, Mello destaca que os integradores deverão pensar mais em dimensionamento dos sistemas, assim como baterias, por se tratar de um universo totalmente diferente dos inversores on-grid. “No que os integradores devem focar, a gente pensa primeiramente em dimensionamento de sistemas com baterias, pois agora a gente está entrando em um universo totalmente diferente dos inversores puros. Entender sobre vida útil, operação, BMS, então a profundidade da descarga, enfim as condições de operação da bateria também pensando na durabilidade e coisas nessa linha. O pessoal vai ter que se capacitar. É um universo novo, com novas possibilidades e a gente está feliz que isso finalmente está chegando ao Brasil e vai virar realidade” explicou ele. Quem também comentou sobre a importância da capacitação foi Pedro Almeida, da Solis Inverters, o qual afirmou que a mesma será essencial principalmente para integradores, dos instaladores entre outros profissionais do mercado. “Você está trabalhando com um sistema híbrido ou totalmente isolado com baterias é totalmente diferente do que você está trabalhando com um inversor on-grid. A gente sabe que o mercado brasileiro ainda é bastante jovem. Existem muitos profissionais novos no mercado que estão começando, iniciando agora fora o mercado. Ainda existem dúvidas relacionadas com sistema o- grid e sistemas híbridos ainda vão gerar ainda mais dúvidas. Em termos de dimensionamento, como está trabalhando a bateria, onde que eu posso estar instalando essa bateria. Eu posso instalar em qualquer local? É todo inversor compatível com aquela bateria? Quais são os riscos de incêndio naquela instalação” finaliza ele. Fonte: Portal Brasil Solar
