A revista RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com Claudio Loureiro, diretor geral, da JA Solar

A revista RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com Claudio Loureiro, diretor geral, da JA Solar

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A empresa é especialista em módulos fotovoltaicos de última geração

RBS Magazine: Quais os diferenciais da JA Solar no mercado de Geração Distribuída no Brasil?

Claudio: A JA Solar tem se posicionado no mercado de GD trazendo tecnologias inovadoras e de última geração ao Brasil. Como resultado, metade de nossos embarques para o país em 2018 contemplaram a tecnologia mono cristalina com tratamento PERC - originalmente desenvolvida e patenteada pela JA Solar. Incluímos assim o Brasil no radar como um dos países líderes na adoção de novas tendências. Para referência, o mercado global refletiu um incremento significativo nos embarques da tecnologia mono PERC de 30% em 2017 para aproximadamente 50% em 2018, sendo esperado que este percentual aumente nos próximos anos. A tecnologia MONO PERC eleva significativamente a eficiência dos módulos para > 19% e a respectiva potência de um módulo de 72 células para > 380 WP. Qual o benefício? Um sistema com menos módulos, estruturas, cabos, diminuindo assim o investimento total quando comparado a um sistema tradicional com base policristalina normal. complementando, a adoção de módulos com tal tecnologia onde há restrição de área permite maximizar a geração ao aproveitar melhor o espaço físico em telhados ou coberturas – ao usar o mesmo número de módulos, a geração com esta tecnologia é maior no mesmo espaço físico, maximizando o retorno ao reduzir o consumo da rede quando comparado com tecnologia convencional. Pela proposta de valor diferenciada, temos encontrado excelente aceitação no produto por parte de nossos clientes e também de nossos parceiros comerciais. A JA Solar tem em seu DNA a inovação tecnológica e o foco em promover alternativas de valor agregado. Nesse contexto, acreditamos ser importante darmos um salto de qualidade no modelo de análise vigente para a GD, onde ainda predomina a comparação de preço por componente e passarmos a avaliar projetos com um sistema que deverá operar por 25 anos.

RBS Magazine: Como você enxerga o mercado brasileiro de energia solar e quais suas expectativas para o desenvolvimento do setor em 2019?

Claudio: O mercado de GD tem dobrado a cada ano, sem subsídios diretos pelo governo. Nos países onde a adoção é mais rápida geralmente há incentivos com datas limite para conexão de sistemas, o que não ocorre no Brasil. Temos a revisão da resolução 687 em 2019 que pode trazer ajustes regulatórios, mas acreditamos que a adoção da fonte solar fotovoltaica é irreversível. Países que suspenderam seus planos ou adotaram “impostos sobre o sol” reverteram tais decisões e retomaram os investimentos em 2019, como por exemplo, Espanha e Itália. Ou seja, a fonte certamente continuará a crescer e, no caso brasileiro, fundamentalmente por nossas características ambientais e pelas características da fonte: abundância de irradiação, complementaridade com demais fontes, menor dependência de fósseis e rapidez na instalação. Como tais condições estruturais não se alteram e certamente teremos disponíveis não somente avanços na tecnologia solar fotovoltaica tecnologias mas também fontes de financiamento, é praticamente certo o crescimento e acredito que o mercado em 2019 possa estar acima de 1 GWP.
Adicionalmente, há perspectivas positivas de adoção de projetos no mercado livre em 2019, seja em projetos fotovoltaicos ou híbridos solar - eólico. Há inúmeros empreendedores avaliando esta alternativa uma vez que a fonte atingiu um custo nivelado de energia interessante. Por fim, não podemos ignorar o impulso no setor de armazenamento: a adoção de baterias certamente impulsionará o mercado.

RBS Magazine: A JA Solar anunciou recentemente que irá fornecer módulos bifacial no Brasil, sendo este o primeiro projeto solar de vidro no país. Nos conte um pouco sobre ele e como o mesmo pode beneficiar usinas de energia solar.

Claudio: Quando fomos consultados, identificamos que este projeto tinha o perfil da JA Solar, pois buscamos introduzir novas tecnologias nos mercados onde operamos. Tínhamos a tecnologia certa para a demanda específica do cliente e trabalhamos para apoiar o desenvolvimento do projeto assegurando que a solução fosse construída de forma conjunta. Do ponto de vista tecnológico, o uso de bifaciais permite aproveitar não somente a radiação direta, mas também a indireta/ refletiva aumentando a geração por módulo. Neste contexto a relação Wh produzido/ Wp instalado torna-se bastante atraente. Há diferenças quanto aos projetos tradicionais, pois o espaçamento entre fileiras e a altura das estruturas têm de ser considerados no desenho. Adicionalmente, os trackers são desenhados para disposições específicas isto, entretanto, é compensado por um aumento na geração que pode ser de até 15% maior quando comparada a módulos de face simples.

RBS Magazine: A empresa é patrocinadora prata do Fórum GD – Região Sudeste este ano. Na sua opinião quais benefícios o evento pode trazer ao setor de Geração Distribuída do Brasil e por que a empresa decidiu fazer parte desta história?

Claudio: Iniciamos nossa participação nos Fóruns regionais em 2018, no Fórum Sul em Porto Alegre e ficamos bastante satisfeitos com os resultados, a receptividade quanto a nossa participação e a divulgação do evento. Desta forma continuaremos em 2019 apoiando os eventos regionais e vemos, em particular, o mercado sudeste com bastante atenção, pois lidera em número de instalações


Fonte: Thayssen Carvalho - Portal Brasil Solar

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