Presidente da FIEC destaca importância do CBGD

Presidente da FIEC destaca importância do CBGD

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Em entrevista ao portal Brasil Solar, Beto Studart, fala sobre a realização do CBGD 2017 e sobre a participação da FIEC tanto no setor como no evento

1 – Como o senhor considera o setor de geração distribuída no país atualmente?
BETO STUDART: Estamos em um patamar ainda muito aquém do que podemos desenvolver, considerando o elevadíssimo potencial no Brasil, mas já observamos uma boa velocidade de crescimento do setor. A viabilidade econômica com o uso de fontes renováveis trouxe um novo paradigma para os negócios, operação e utilização dos sistemas elétricos, e é notória a importância de fortalecer o setor de geração distribuída. Nesse sentido, investidores, empresários, e o poder público tem envidado esforços para criar condições de desenvolvimento de toda a cadeia em torno do setor, incentivando que os nossos abundantes recursos naturais sejam aproveitados para a geração de energia limpa mais perto do consumidor.

2- Como a Federação das Indústrias do Estado do Ceará vem atuando no setor de energia?
BS: A FIEC tem sido uma grande incentivadora das energias renováveis e do setor de geração distribuída. Em uma das primeiras ações de nossa gestão, criamos núcleos estratégicos para produção de estudos, geração de conhecimento e promoção de parcerias. Pela relevância, designamos um núcleo específico visando contribuir para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor de energia no Ceará, e esse núcleo, contando com a expertise dos amigos Jurandir Picanço e Joaquim Rolim, que vem atuando com assertividade.

Definido como um dos 13 setores de maior potencial para a economia do Ceará, o setor Energia também tem merecido especial atenção do Programa para Desenvolvimento da Indústria, inciativa da FIEC, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável da indústria cearense por meio de conjunto de projetos integrados que envolvem ações incisivas para promoção da competitividade, prospecção de futuro, inteligência competitiva e articulação com diversos atores em prol da cooperação para o desenvolvimento industrial, estímulo ao empreendedorismo e à eficiência produtiva.
Podemos ainda destacar que temos ótima governança para apoiar os investidores que desejem se instalar no Ceará. Como temos enorme potencial eólico e solar, infraestrutura, logística, o Governo do Estado apoiando as iniciativas do setor, e demais condições adequadas, podemos prever ótimos resultados em um futuro próximo.

3- O senhor considera que os investidores têm entendido os esforços feitos no Ceará para potencializar o segmento?
BS: Sim, hoje as empresas tem interesse em vir ao Ceará para fabricar placas solares, componentes eólicos e outros equipamentos, e não apenas para instalarem seus parques eólicos e solares, todos demandando investimentos vultosos. Podemos citar a chegada da Vestas e a Aeris que mais que dobrou sua capacidade de produção, sem esquecer o pioneirismo da Wobben, que foi uma das primeiras indústrias a acreditarem no potencial eólico do Ceará. Outra boa noticia é o interesse demonstrado pelo grupo chinês Chint Eletrics em instalar uma unidade em nosso estado para a produção de placas fotovoltáicas para a produção de energia solar. O fato é que o Ceará tem se revelado bastante atraente para a vinda de investidores nesse segmento.

4 - Como tem sido a preparação dos profissionais para atuarem neste mercado?
BS: Consciente da relevância de contar com mão de obra qualificada e alinhada aos novos tempos, a FIEC tem procurado desenvolver com as instituições locais de ensino eventos que promovam a discussão sobre essa temática e o também promovido ações para a capacitação. Como exemplo da atuação institucional, temos realizado Fóruns de Oportunidades, apresentando as demandas atuais e futuras de pessoal das empresas que atuam no setor, assim como as oportunidades de carreira e a oferta de capacitação profissional, em níveis superior e técnico, de modo que possamos atrair profissionais de elevado nível. No âmbito do Sistema FIEC, o SENAI Ceará vem disponibilizando uma gama de cursos de excelência, em que notamos uma grande procura. Por ser um mercado novo, as oportunidades são muitas e essa qualificação é prioridade em vista do momento pelo qual o segmento esta passando.

5- Quais considerações o senhor tem a fazer sobre o apoio da FIEC para o CBGD?
BS: É muito importante para a FIEC apoiar eventos como o CBGD, que tem trazido boas perspectivas para os participantes, investidores, produtores, formadores de opinião, tendo em vista ser a geração distribuída de energia um setor de altos índices de crescimento. Apesar de ainda estarmos no início, se comparados a países como Alemanha, Austrália e Estados Unidos, estou certo de que nos próximos 10 anos atingiremos patamares bem significativos, já que o Ceará é um dos protagonistas desse processo.

Sobre Beto Studart:
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC, desde 2014, BETO STUDART, é empresário, líder do Grupo BSPAR, que atua nos mercados imobiliário e financeiro. BSPAR Incorporadora e BSPAR Construtora são reconhecidas por repetidos sucessos em empreendimentos lançados e entregues, seja por meio de parcerias ou em projetos-solo. BSPAR Finanças é especializada na gestão de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FDICs e focada em investimentos no mercado de crédito corporativo e de crédito imobiliário, mantendo ainda um FIDC próprio, que apóia o desenvolvimento de médias e grandes empresas, através do provimento de soluções financeiras diferenciadas e operações estruturadas de crédito.


Fonte: Thayssen Carvalho - Brasil Solar

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