Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC é um dos palestrantes do CBGD

Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC é um dos palestrantes do CBGD

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Em entrevista ao portal Brasil Solar, Joaquim Rolim fala sobre a realização do CBGD 2017 e sobre sua participação no evento

- Como você avalia a atual situação do setor de Geração Distribuída no Brasil?
A Geração Distribuída de Energia está em um estágio ainda inicial no Brasil, porém tem apresentado ótimas perspectivas. Temos atualmente 15.315 consumidores gerando sua própria energia, correspondendo a 169,8 MW de potência instalada. Ainda são dados muito pequenos, comparando-se com outros países tais como Austrália, Alemanha e Estados Unidos, que já possuem mais de 1 milhão de conexões de geração distribuída. Porém temos notícias animadoras, considerando-se a velocidade de crescimento do Setor no Brasil.

- Como você avalia a atual situação e resultados no Ceará ?
Temos tido uma importante atuação conjunta da FIEC – Federação das Indústrias do Estado do Ceará, do Sindienergia/CE, da Câmara Setorial de Energias Renováveis/CE, dos Órgãos do Governo do Estado e dos Empresários em prol do desenvolvimento do setor de energia no Ceará. Na Geração Distribuída de Energia, O Ceará ocupa atualmente a 2ª posição no Brasil em potência instalada, com 12,5% do total no Brasil, ocupando posição destacada no Nordeste do Brasil, tanto em quantidade de consumidores gerando energia (29,7% do total), quanto em potência instalada (63,4% do total). Importante destacar que o Ceará possui a geração distribuída tanto de origem solar quanto eólica.

- Quais vantagens e benefícios que a geração distribuída pode trazer para o país?
Os benefícios são vários, começando pela redução de custos da conta de energia elétrica, e contribuindo para a melhoria das condições ambientais. Além disso, propicia o adiamento de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, a redução no carregamento das redes, a minimização das perdas técnicas e a diversificação da matriz energética. Importante destacar que cada MW instalado de geração distribuída proporciona a criação de 30 empregos, e cerca de R$ 4 milhões em investimentos.

- Quais expectativas você tem em relação ao crescimento do setor para os próximos anos? Conforme projeções apresentadas pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, se prevê que em 2024 teremos no Brasil 886.723 consumidores gerando sua própria energia, sendo 808.340 residenciais, e 78.383 comerciais, com uma potência instalada total de 3,2 GW. Essas projeções representam cerca de R$ 12 bilhões em investimentos e criação de 90.000 empregos.

- Qual a importância de eventos como o CBGD?
O CBGD é um evento com característica bem empresarial, com grandes possibilidades de desenvolvimentos de negócios e parcerias. Também serão apresentados temas importantes a respeito de tecnologias, modelos de negócios, debates com representantes da Agência Reguladora, das Distribuidoras de Energia.

- Nos fale um pouco sobre sua participação no evento.

No Congresso, estarei participando do painel “Novos modelos de negócios & aspectos regulatórios”, e apresentando palestra com o tema “Sistema de Locação SGR”, que trata da licitação que a FIEC estará lançando para a locação de sistema de energia renovável para suprir energia para as instalações tanto da Casa da Indústria, quanto SESI e SENAI. O Núcleo de Energia também estará presente como moderador do painel “Posicionamento das Distribuidoras em GD (REN687/ANEEL)”, através do Consultor de Energia da FIEC, Jurandir Picanço. Além disso, estaremos participando da Feira/GD, com um stand conjunto com o Sindienergia/CE.

Sobre Joaquim Rolim:

Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC – Federação das Indústrias do Estado do Ceará, membro da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará e também conselheiro do CONERGE – Conselho de Consumidores da Enel Distribuição Ceará. Anteriormente trabalhou em Distribuição de Energia Elétrica, na Eletrobrás e Enel, e também em indústrias, como Dow Química e Grupo Ultra.
Engenheiro Eletricista pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), com MBA em Gestão de Negócios de Energia Elétrica pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e Especialização em Administração Industrial pela USP (Universidade de São Paulo).


Fonte: Thayssen Carvalho - Brasil Solar

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